
Tattoos e Processo de Criação

SOBRE O PROCESSO
DE CRIAÇÃO
Cada tatuagem que eu crio nasce de uma conversa verdadeira. Antes de qualquer traço, existe uma escuta atenta. O cliente chega com uma ideia, um sonho, uma lembrança ou até uma dor — e me conta sua história. É nesse momento que eu mergulho no universo dele, entendendo não só o que ele quer tatuar, mas o porquê disso. Cada projeto tem um propósito, e pra mim, tatuar é fazer com que ele olhe pra essa arte na pele e sinta algo positivo, mesmo que a origem seja um momento difícil.
Depois desse papo, que funciona como um briefing íntimo e respeitoso, eu absorvo cada detalhe da conversa com atenção. Tudo isso é base para construir algo único. O projeto precisa cumprir dois compromissos fundamentais: ele tem que ser bonito e, ao mesmo tempo, fiel à história do cliente. Um não pode anular o outro. Não faz sentido criar algo visualmente incrível, mas vazio de significado — assim como não adianta contar bem uma história se isso não se traduzir numa arte visual impactante.
Na criação, sigo um processo em três etapas. Primeiro, defino o elemento principal da tatuagem — aquele que carrega o maior peso simbólico. Pode ser a família, um símbolo de superação, um momento inesquecível. Depois, trago elementos secundários, menores, mas que também fazem parte dessa narrativa. Por fim, conecto tudo com formas geométricas, linhas, pontos ou barras que ajudam a costurar a história. Esses detalhes, além de completarem visualmente a tattoo, às vezes também têm significados mais sutis, que só o cliente e eu entendemos.
"Cada tatuagem é uma construção feita com verdade, respeito e intenção. É a união da técnica com a essência."
